Estamos há pelo menos 15 meses enfrentando a maior crise sanitária que a humanidade já viu. Atingimos neste sábado (19), a triste marca de meio milhão de vidas perdidas. Somos o segundo pais do mundo em números absurdos de mortes por COVID-19.
Nem o mais pessimista dos brasileiros imaginava que realmente chegaríamos a essa marca tão sombria, apesar de inúmeros alertas de cientistas sérios.
Estamos num estado anestésico tão forte, que normalizamos a perca de 500 mil vidas. Parece que são apenas números, estatísticas, esquecemos que são pais, mães, filhos, irmãos, familiares e amigos de alguém.
Mas o que nos trouxe até aqui? Porque atingimos essa marca? Quem são os culpados?
A história vai contar, e ela será implacável!
São múltiplos fatores que levaram a essa crise sem precedentes em nossa história.
Temos um chefe do executivo federal negacionista e desumano, governos estaduais que estão completamente perdidos (começando pelo nosso - tira casaco, bota casaco) e muitos prefeitos omissos, sem nenhum planejamento mínimo para ajudar a população no enfrentamento dessa crise.
O brasileiro foi entregue à própria sorte. E como povo, erramos e erramos muito. Somos latinos, temos a cultura da proximidade, do abraço e do afeto. Não gostamos da distância e de restrições. Tivemos dificuldade de entender que o momento exigia sacrifícios e cuidados, conosco e, sobretudo, com o outro.
A pandemia vai passar e vamos superar esse vírus ou aprender a conviver com ele, mas precisamos recuperar aquilo que chamamos de empatia, sentir a dor do outro.
Coloquem as bandeiras a meio mastro, vamos chorar com os que choram.
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